DERRADEIRA
Trajetória de um destino sem eira nem beira.
Sobretudo, minha vida numa página escrita
Tem o registro de histórias claras, verídicas,
De passos inseguros e solidão companheira.
Uma vez, nunca por mim me vi aceito
Num casebre de família, a vida inteira:
Carinho que me fizesse senão imperfeito,
Felicidade que se disfarçasse verdadeira.
Em minha vida, nunca, que brincadeira!,
Deram-me em meu caminho alegria,
Deram-me a efêmera risada de um dia
Que se agitasse branca numa bandeira!
Nunca vivi enorme, e, de qualquer maneira,
Sempre acalentei meu degredo mais nobre:
— Quão imenso o homem se descobre
Em solidão, diante da mulher derradeira!
Poema integrante do livro "Outono Verde".
Trajetória de um destino sem eira nem beira.
Sobretudo, minha vida numa página escrita
Tem o registro de histórias claras, verídicas,
De passos inseguros e solidão companheira.
Uma vez, nunca por mim me vi aceito
Num casebre de família, a vida inteira:
Carinho que me fizesse senão imperfeito,
Felicidade que se disfarçasse verdadeira.
Em minha vida, nunca, que brincadeira!,
Deram-me em meu caminho alegria,
Deram-me a efêmera risada de um dia
Que se agitasse branca numa bandeira!
Nunca vivi enorme, e, de qualquer maneira,
Sempre acalentei meu degredo mais nobre:
— Quão imenso o homem se descobre
Em solidão, diante da mulher derradeira!
Poema integrante do livro "Outono Verde".