CONSCIÊNCIA




Apresento-te os mais solenes sentimentos
— Essa ânsia que já não a repreendo,
Amores de longínqua adolescência
Num peito maduro nas tardes de remendos.


Libero a dor — o insulto desse amor,
E o multiplico, e o propago, e o fomento...


Mas, nosso passado é um desarranjo de ossos.
Nosso passado encobrira cem anos de silêncio
Sob o céu a remontar um rosário de fé,
E ruge agora para o mundo, quão imenso
Descobre-se o homem diante da derradeira mulher.


Poema integrante do livro "Outono Verde".
Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 01/11/2011
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