PROMESSA
Trouxe da noite afeto e alívio;
Tinha um sorriso milimétrico, astuto,
E a estrada radiosa protegeu-me, enfim:
Percorri uma noite inteira a falar-te de mim.
Frágil, a estrada deserta!
Quando erma, alastra-se de amores
Tão frágeis como lembrassem flores
Alvas, delgadas, abertas...
Como se abrissem pétalas hipotéticas.
A estrada deserta, frágil, diz
A palavra inteira, dos homens
Falhos e dóceis;
Da mulher contumaz, aprendiz.
Fala de um carinho transposto,
Do passado ameno, sem rosto;
Frágil, escava nostalgias, fósseis,
Restaura a esperança com pincéis e verniz.
Dentro da noite deserta,
A estrada expede uma promessa feliz!
Poema integrante do livro "Outono Verde".
Trouxe da noite afeto e alívio;
Tinha um sorriso milimétrico, astuto,
E a estrada radiosa protegeu-me, enfim:
Percorri uma noite inteira a falar-te de mim.
Frágil, a estrada deserta!
Quando erma, alastra-se de amores
Tão frágeis como lembrassem flores
Alvas, delgadas, abertas...
Como se abrissem pétalas hipotéticas.
A estrada deserta, frágil, diz
A palavra inteira, dos homens
Falhos e dóceis;
Da mulher contumaz, aprendiz.
Fala de um carinho transposto,
Do passado ameno, sem rosto;
Frágil, escava nostalgias, fósseis,
Restaura a esperança com pincéis e verniz.
Dentro da noite deserta,
A estrada expede uma promessa feliz!
Poema integrante do livro "Outono Verde".