FERVOR
Inegavelmente, repõem-me corpo e alma.
E recupero minhas armas,
Amas das minhas armadilhas,
Animoso posto, castelo das minhas ilhas.
Há um ano redescobri-me, e não durmo.
Um ano transposto, e sou o sono fariseu,
E cismo sobre a lenda: a noite me escolheu.
Se não durmo acalentado por pesadelos e desejos,
Divido-me no assombro de sonhos e beijos.
Declaro minha reverência à solidão:
Sou o prêmio, vesgo tempo do passado.
Há um penhasco para se transpor;
Eu me dedico em voos libertos
Gritar meu grito interno, aberto
Para uma platéia atônita, um fã qualquer:
— Com fervor, amo a derradeira mulher!
Eu cismo sobre a lenda (a noite me escolheu)
E declaro minha reverência à solidão:
Tem-me prêmio o tempo que não me quer.
Inegavelmente, repõem-me corpo e alma.
E recupero minhas armas,
Amas das minhas armadilhas,
Animoso posto, castelo das minhas ilhas.
Há um ano redescobri-me, e não durmo.
Um ano transposto, e sou o sono fariseu,
E cismo sobre a lenda: a noite me escolheu.
Se não durmo acalentado por pesadelos e desejos,
Divido-me no assombro de sonhos e beijos.
Declaro minha reverência à solidão:
Sou o prêmio, vesgo tempo do passado.
Há um penhasco para se transpor;
Eu me dedico em voos libertos
Gritar meu grito interno, aberto
Para uma platéia atônita, um fã qualquer:
— Com fervor, amo a derradeira mulher!
Eu cismo sobre a lenda (a noite me escolheu)
E declaro minha reverência à solidão:
Tem-me prêmio o tempo que não me quer.