PERIGO
Que espalhafato!
– Na mesma rua onde sigo
meu tão repetitivo ato,
tomei o destino certo
e percebo-te caminhar
bem dentro do meu sapato.
Se por meus pés te conduzo
imperceptivelmente,
num passeio amigo,
permite-me pressupor
a sorte de um súbito amor
ora desfilando ao lado da gente:
– o teu vulto a passear comigo.
Claro, posso na minha fantasia
conceder-te o toque na mão;
ao menos entenderias que não
me exulto tanto, também não ligo.
Resta saber, amável companhia:
– Se te conceder farta ilusão,
Poderia acender nova paixão
e jamais correr qualquer perigo!...
Que espalhafato!
– Na mesma rua onde sigo
meu tão repetitivo ato,
tomei o destino certo
e percebo-te caminhar
bem dentro do meu sapato.
Se por meus pés te conduzo
imperceptivelmente,
num passeio amigo,
permite-me pressupor
a sorte de um súbito amor
ora desfilando ao lado da gente:
– o teu vulto a passear comigo.
Claro, posso na minha fantasia
conceder-te o toque na mão;
ao menos entenderias que não
me exulto tanto, também não ligo.
Resta saber, amável companhia:
– Se te conceder farta ilusão,
Poderia acender nova paixão
e jamais correr qualquer perigo!...