Uma noite sem cor

Uma noite sem cor

Marcos Olavo

A vez apresentar o dia pra mim,

Neste andar sem escura luz,

Que finge bem pra nós,

Numa batida sem tom.

Ouço o gritar do desespero,

Que vejo no espelho arranhado,

Na veloz tristeza em saber,

Que o tempo dança na onda.

Agradeço pelo o pedido cego,

Na mascara usada por mim,

No céu límpido dos dias,

Que leva promessa.

Atropelo meus versos coloridos,

Na fala demorada a chegar,

Na saudade gasta,

Que me faz lamentar.

Corro no banho de chuva,

Em tempo de frio novo,

Que faz minha triste vida,

Ter certo conhecer.

Nessa mão do segundo inventado,

Que viajar sem querer voltar,

Na queda da depressão fina,

Que é rara agora.

Uma noite sem cor,

Eu olho da minha vidraça.

Que joga meu cantar belo,

Na mira certa da assassina.

Pobre devo dizer que sou,

Na errada horas hoje,

Que me fez perder o sincero,

Que nasce aqui no peito.

Gostaria que viesse passar aqui,

Neste pior acreditar,

Que o dinheiro não paga,

Nem tenta aceitar.

Parece a única saudação,

Desse autor afetuoso,

Que pede um favor,

Que ferve em tua voz,

Tão levemente.

Esta foi à amarga brindada,

De todos os vinhos e sonho,

Na voz do esquecido poema,

Que pertence o sossego.

Escrito por: Marcos Olavo

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 31/10/2011
Código do texto: T3309593
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