SINTOMAS

É nos mínimos sintomas do meu existir que tú habitas...
Porque se respiro é o teu cheiro que pretendo aspirar,
Meus olhos prescrutam tudo em volta, numa ânsia de te ver...
O corpo trêmulo e desejoso de se unir ao teu,
A boca sequiosa de beber teus beijos...um à um...
Meus pensamentos vagueiam nas mesmas nuvens que os teus...
É meu querer algo imenso...indizível...indivisível...


É minha alma colada à tua, vítima do mesmo martírio...
Esta saudade que profana o santuário do nosso amor...
O limite imposto pela sociedade estereotipada...
Os sofismas preditos e malditos de uma boca escánia...
O impossível acontecendo mesmo contra o nosso querer...
Não foi possível nos esquecermos...de nós...de todos...


Ah! Quem me dera! Ser examinada agora, por ti...
Ter tuas mãos a sanar meus desejos e à me ninar...
Sou ainda a guria que o espera, às vezes sorrindo...
Outras...chorando...ainda órfã de nossos sonhos...
E é no céu que fixo meus olhos, porque é lá que nos encontramos...
Sempre e para sempre...


Há neste meu ser sintomas inequívocos...
Decifráveis exceto pela ciência...
É possível ler nas minhas linhas e entrelinhas...
Tudo que sinto se chama e quer apenas..."TÚ", meu amore
.
Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 31/10/2011
Reeditado em 09/11/2011
Código do texto: T3309157
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.