Quem disse que o amor é insano?
Camões deixou a mais bela obra na terra
Por tão devassadora paixão, seria amor?
Foi em terras lusitanas, que sua musa ficou?
Ninguém sabe apenas que o diga Shakespeare
Com a sua obra de Romeu e Julieta, imortal!
Hoje ainda se morre por amor? Ninguém sabe
Eu sei o amor que eu sinto, agora mesmo
Sei do que lutei, do que vivi, do que chorei
Da dor que senti, da alegria e da minha fé
Sei das noites mal dormidas, também do medo
Ninguém sabe o quanto dói aqui no peito um amor
Que destrói a sanidade, o querer, a preserve rança
Amor que provem de outras vidas, por mim vividas
Onde jamais foi feliz, te buscando, ainda procurando
O que acalmava meu peito, a minha dor e o amor
Não tenham ilusões que o amor é dolorido, marcante
Quando está sendo vivido, nada preenche nossa alma
Nada acalma nosso desejo, a nossa vontade, o viver
Do nosso querer estar sempre juntos, nos amando
Cada dia mais e mais, para matar a nossa saudade
Deste amor insano, deste amor imortal e intemporal!