Sonhei!

Que tal à mercê da imaginação,

Rendesse-me às ilusões?

No cair da noite,

Ressurgiria singela flor,

E a acarinhar-me as pétalas,

Roçando-se em mim, um beija-flor...

Ah, numa nuvem densa de intenso amor

Todos os aromas do meu florescer

Inibriariam a ti e a mim...

Então inebriados de amor,

As nossas fantasias daríamos vazão...

Ah, o tempo não teria tempo,

Tampouco a distância, espaço teria,

Lamento não ouviria, porque dor não haveria,

Acaso lágrimas houvessem, seriam todas de alegria...

Ah, meu amor... viveríamos como fosse o primeiro, todos os dias,

E as noites seriam alcovas para deleite dos amantes de ontem e de hoje...

Romeu e Julieta por fim se reencontrariam...

E, se desse sonho, acordasse,

Inda que cantasse a cotovia, feito

Julieta sussurrando em teus ouvidos

Sem exitar, suplicaria: não te vás,

Fiques meu amor, é somente o rouchinol que assovia...

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 31/10/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3307771
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.