Unada

Consenso. Pitoresco. Rarefeito.

Sujeito às dores que apertam o peito.

Sem eleição, destino ou ação

que resulte em reação.

Supressão da vida concentrada

na falha, nas reentrâncias escondidas

no âmago circunspecto.

Talo de flor cheirando cheiro doce,

cravando no dedo um espinho atrevido

que provoca uma gota de sangue,

a dor eletiva e o primeiro gesto

que o cérebro informa ao músculo

é levar o dedo à boca.

Gesto simplório, quase casual.

Queda de temperatura

e as extremidades do corpo esfriam,

e as extremidades do pé ficam roxas,

mudanças repentinas de cores,

dores, flores, horrores, temores, tremores.

Luz que ilumina de dentro pra fora.

Meio de saber se realmente queres saber.

Unada.

União de nada que resulta na condição de vazio.

Facilidade e falta de noção.

Importa a seriedade

se simples fosse partir um coração

ao dizer não.

Opinião amalgamada carecendo

de mais expressão.

Suposições que expõem sombras do corpo.

Luz que bebe a energia do raio de sol,

olhar forte que olha enérgico e austero

para o imponente farol.

Sandra Vaz de Faria
Enviado por Sandra Vaz de Faria em 30/10/2011
Código do texto: T3307298
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