LÍRICO
Tão bom morrer de amor e continuar vivendo!
[Mario Quintana]
Meu amor, não diga que me amas
Que morro de gozo e contentamento!
Meu coração arde em trêmulas chamas
Qual incêndio à fúria do vento!
Meu amor, não diga que me amas
Que verto riso em encantamento!
Minha alma se pega em suas ganas,
Suspiros com que de ti me alimento!
Meu amor, não diga que me amas
Mal sabes tu de meu sentimento!
Tecido que sustenta as membranas,
As chagas do meu vão entendimento!