BANDEIRA BRANCA
Com predestinação à luta
Cheio de sonhos de esperança,
Combatendo as intempéries do tempo
Se digladiando a todo o momento
Na luta com sua lança.
Enfrentando as ironias do destino
A cada romper d’aurora luta,
Empunhando a espada de aço plano
Adentrando à arena do cotidiano
Para a batalha sangrenta e resoluta.
Na maior das maiores batalhas
Não há vencido nem vencedor,
Sabendo que o amor é cego
Eu para sempre me nego
A duvidar da força do amor.
Mas a batalha é feroz de mais
E minhas forças estão se esvaindo,
Na minha luta pelo amor
O final é sempre a dor
Pois na arena estou caído.
Hoje ergo minha bandeira branca
E abandono as linhas de combate,
Já que eu não fui capaz
Levanto a bandeira da paz
Dando vazão à dor que me abate.
Minha guerra, foi guerra santa
Sempre lutei pelo amor,
Foi uma luta sem resultado
Agora está tudo acabado
E aceno com a bandeira da dor.
Ergo a bandeira branca da paz
E deixo de lutar pelo amor,
Abandono aqui minha luta
Afinal ninguém me escuta
Nos momentos de minha dor.
Já que minha guerra acabou
E o caminho pra sempre se tranca,
Bloqueando minha felicidade
Desfraldo pra humanidade
A minha bandeira branca.
J. Coelho