BANDEIRA BRANCA

Com predestinação à luta

Cheio de sonhos de esperança,

Combatendo as intempéries do tempo

Se digladiando a todo o momento

Na luta com sua lança.

Enfrentando as ironias do destino

A cada romper d’aurora luta,

Empunhando a espada de aço plano

Adentrando à arena do cotidiano

Para a batalha sangrenta e resoluta.

Na maior das maiores batalhas

Não há vencido nem vencedor,

Sabendo que o amor é cego

Eu para sempre me nego

A duvidar da força do amor.

Mas a batalha é feroz de mais

E minhas forças estão se esvaindo,

Na minha luta pelo amor

O final é sempre a dor

Pois na arena estou caído.

Hoje ergo minha bandeira branca

E abandono as linhas de combate,

Já que eu não fui capaz

Levanto a bandeira da paz

Dando vazão à dor que me abate.

Minha guerra, foi guerra santa

Sempre lutei pelo amor,

Foi uma luta sem resultado

Agora está tudo acabado

E aceno com a bandeira da dor.

Ergo a bandeira branca da paz

E deixo de lutar pelo amor,

Abandono aqui minha luta

Afinal ninguém me escuta

Nos momentos de minha dor.

Já que minha guerra acabou

E o caminho pra sempre se tranca,

Bloqueando minha felicidade

Desfraldo pra humanidade

A minha bandeira branca.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 30/10/2011
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