O BARULHO DA SOLIDÃO

Hemorragia nos cantos dos dedos...

Cirrose hepática de tanto tomar o mel

dos teus lábios...

Overdose de desejos acalentados...

Tortura hedionda dos eternos segundos

que custam a passar...

Tamanho desprezo desprezível pelo simples

fato de se desprezar o que não pode ser desprezado,

o Amor...

Que o mel é doce é coisa de que também

me nego a afirmar, mas que o amor é amargo feito

fel eu afirmo plenamente...

Se perder para se encontrar, fábricas de sequelas,

encontrar o que se perdeu...

O barulho da solidão quase me deixa louco

pela altura do silêncio quando a alma agoniza

pelo coração transbordado em mágoas...

A resposta esta na preguiçosa areia da

ampulheta, ou nos ponteiros enlouquecidos

do relógio em noites onde o brilho das estrelas

não fazem diferença e nos dias onde o brilho do sol é apático .

Leandro V França
Enviado por Leandro V França em 30/10/2011
Reeditado em 31/10/2011
Código do texto: T3306192
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