QUANDO EU AMO...
“Não chore pelas coisas terem terminado, sorria por elas terem existido”. (L. E. Boudakian)
Quando amo, piso em estrelas.
São diamantes reluzindo no chão
o fulgor que há por dentro do ser que ama.
Quando amo, as folhas do caminho
são tapetes mágicos postos por Deus para
atenuar as trilhas que antes eu pisava sozinho.
Quando amo, cada canto de pássaro
vira uma sinfonia, cada aurora é um evento.
Vejo estampas finas pintadas nos azulejos brancos.
Quando amo, exponho segredos seculares.
Navego suave o rio de utopia de margem a margem.
Vôo com aquela ave branca naquele azul de céu de poeta.
Quando amo, qualquer arrojo vira poesia boa.
Em toda água diviso um porto; no céu sempre há lua.
E aquela saudade de antes faço presa numa ilha inabitada.