Lento desvanecer

Lento desvanecer

Marcos Hume

Uma lamúria cai quando você chora,

Tocando o céu limpo da alegria,

Trazendo toda tristeza,

Na face perfeita.

Você pincela o quadro antigo,

Deixada na gaveta minha,

Que via tudo bem claro,

Na pior realidade.

Lenta lembrança,

Que voa feito vento,

Batendo em meu melhor dia,

Acordando minha saudade.

Caio sem você hoje,

Vendo flores pisadas pelo o tempo,

Que vai ser desprezada,

Pela falta de atenção.

São jorradas amaldiçoadas,

De todas as letras arrancadas,

De certo coração,

Que nos deixa apenas,

O resto de toda decepção.

Lento desvanecer,

Que some e toma,

A minha distraída ferida,

Que ferve às vezes.

Desce um sorriso do céu,

Quebrando essa briga tola,

Falando que é importante salvar,

Que é melhor amar.

Bato na rua desesperado,

Na vez de achar nós,

Em nossa parede amarela,

Que hoje viver em um lugar,

Desconhecido.

Tomo a ilusão de doses,

Achando tudo excelente,

Nesse maravilhoso presente,

Que mergulha meu demente.

Cai a beleza plantada,

Pela a mão arrasada,

De minhas linhas invisíveis,

Que jamais tocará.

As tolices das brigas,

Que a noção não existe,

Faz crescer a pior decisão,

Que segue na indecisão.

Ouve o perdão sem medo,

Que canta nessas letras azuis,

Que todo céu saberá,

Sem perder o tempo.

Vou fazer o melhor de mim,

Pra você ler e reler,

Sem querer negar,

O amor que vive.

Escrito por: Marcos Hume

PARA LILICA

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 27/10/2011
Código do texto: T3301236
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