VIVO DUPLA INDENTIDADE
Vivo dupla identidade
Amargo na dor da saudade
Quando a noite desperto sentindo
Amor distante covarde
De dia sou o que querem
A tarde, dura e precisa
Mas a noite sou pura maestria
Ao lembrar teu sorriso que irradia
Posso ao dia ser fina
Alegre ou até vazia
Posso ser aquela que querem
Sem encanto ou melodia
Porém, a tarde caindo
O pôrdo sol , tão lindo
Meus olhos embevecidos
Contemplam a noite surgindo
Quisera não sentir saudade
Que me faz verso e piedade
Quisera ser fria e vazia
Disforme e sem poesia
Mas a noite sou sempre livre
Mesmo com versos rimados
Pois sempre sinto o amado
Tão próximo a mim e aconchegado
A noite eu me transformo
Em rimas , verso e poesia
Tão próximo a minha
real identidade