SONHANDO
Pela rua da imaginação
Passava um anjo voando
Rumo ao infinito sem fim,
Anjo sem cor ou forma
Intrínseca sem valor ou fama
Na incógnita de um Serafim.
Vi um pássaro sem ninho
Voando em torno de um monte,
Onde tudo que eu via era
Uma luz no horizonte
Infinita era sua visão
Do nada surgia o tudo
E do tudo nada somente.
Sem forma, sem rosto sem alma
Na imaginação do seu criador,
Somente a luz das estrelas
Ilumina a odisseia sem fim
No mundo do tudo e nada
À sombra do vasto jardim
Se esconde a pureza da flor.
No delinear do tudo e nada
Na presença do mundo ausente ,
É uma luz sem brilho aparente
Na ausência do mundo perene
Se faz um mundo presente
No sol, na lua, no mar,
Na vida de um ser carente.
J. Coelho