O CRAVO E A ROSA

Orgulho ostentando nobreza

Na lapela do cavalheiro vaidoso,

Desfila majestoso na festa

Bailando ao som da orquestra

Suspira um cravo orgulhoso.

No calor do seu bailar

No decote com rara beleza,

Fitou uma, não menos deslumbrante

A desfilar no peito da moça elegante

Uma rosa com requinte e nobreza.

No cruzar de seus olhares

Algo incrível aconteceu,

Foi um raio fulminante

Uma centelha tão radiante

Que seu coração emudeceu.

No majestoso encontro das flores

No pavilhão de eventos encantado,

Desfilavam, margaridas e amor perfeito

Com liberdade, sem preconceito

O cravo pelo cupido foi flechado.

No jardim do encantado

O cravo, pela rosa se apaixonou,

No meio de tanta flor formosa

Foi gostar logo da rosa

E pelas diferenças, este amor não vingou.

E o cravo ficou tão triste

Que ao seu mundo se recolheu,

Na tristeza de um amor impossível

Acordou deste sonho incrível

E de paixão o cravo morreu.

J. Coelho.

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 26/10/2011
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