O CRAVO E A ROSA
Orgulho ostentando nobreza
Na lapela do cavalheiro vaidoso,
Desfila majestoso na festa
Bailando ao som da orquestra
Suspira um cravo orgulhoso.
No calor do seu bailar
No decote com rara beleza,
Fitou uma, não menos deslumbrante
A desfilar no peito da moça elegante
Uma rosa com requinte e nobreza.
No cruzar de seus olhares
Algo incrível aconteceu,
Foi um raio fulminante
Uma centelha tão radiante
Que seu coração emudeceu.
No majestoso encontro das flores
No pavilhão de eventos encantado,
Desfilavam, margaridas e amor perfeito
Com liberdade, sem preconceito
O cravo pelo cupido foi flechado.
No jardim do encantado
O cravo, pela rosa se apaixonou,
No meio de tanta flor formosa
Foi gostar logo da rosa
E pelas diferenças, este amor não vingou.
E o cravo ficou tão triste
Que ao seu mundo se recolheu,
Na tristeza de um amor impossível
Acordou deste sonho incrível
E de paixão o cravo morreu.
J. Coelho.