Acho que você não está percebendo,
O que vem me solicitando...
Não está prestando atenção,
A real situação:
Você não pode me devolver
O amor que me solicita.
Você não vai romper com a sua vida,
Para comigo vir viver.
A sua existência está toda encaixada,
Em recomendáveis muletas, sustentada,
Dentro do que se espera...
No que a sociedade consente,
Mas, que não acende...
Tudo clássico,
Meticulosamente plástico...
Não há espaço para primaveras!
Ao me conhecer você colidiu
E, irremediavelmente, se confundiu,
Em meio ao mundo que criei,
Nos códigos claros que adotei.
Pensa que adotou minha poesia,
Como sua própria utopia,
Embora nem sempre perceba o peso,
Do que, em mim, está em alto relevo.
Diz que me conhece, mas me julga,
Tenta me imputar injusta culpa,
Atrelando à minha boca,
Palavras roucas,
Que eu jamais diria,
Sentimentos, que jamais sentiria.
Prova maior de que você não me ama.
O que você gosta e sonha é com a minha cama.
Você mergulhou em confusão.
Não quer ver a situação.
Está disfarçando muito mal,
Essa atração fatal.
Você me trata como seu namorado,
Embora não possa, ou não queira, estar ao meu lado...
Seus ciúmes são tão absurdos e eloquentes,
Quanto, incontestavelmente, evidentes.
Você mesclou admiração
E paixão...
Transferiu para a minha vida,
A sua sede de ousadia,
De utopia,
De galhardia.
Sinto por você um enorme carinho,
Mas você não cabe no meu ninho.
O seu lugar em mim é de destaque:
Junto às incômodas saudades!
Vídeo i n e v i t á v e l:
http://www.youtube.com/watch?v=p85o27xdYEU&feature=related
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