Um milhão de letras nascerão
Um milhão de letras nascerão
Marcos Hume
Você nega o amor,
Dando nome nesta hora,
Em grito do horror,
Quebrando em mil pedaços,
Tudo que já fiz na vida.
Tanta guerra absurda,
Lançada na esperança,
Em tolice da tristeza,
Oferecida pela ferida.
Sou o melhor no que faço,
Sendo falso comigo,
Neste incrível doente,
Levando minha vida.
Você me magoa às vezes,
Fingindo que nada aconteceu,
Na lição jorrada na face,
De quem faz doer.
Caminho no improviso,
Chegando perto do asfalto,
Carregando todos caídos,
Na lama tolerada.
Arrasto toda amizade azul,
De um céu ainda não visto,
Pelos os olhos coloridos,
De quem sabe amar.
Você em seu mundo pequeno,
Acreditando na infelicidade,
Vendo tudo nascer e morrer,
Na presença do forte ordinário.
Falas nascem na escura estupida,
De raios e trovoadas,
Na pisada da simples,
Palavras rasgadas.
O engraçado,
O errado de tudo,
Que peleja hoje,
Na melhor desculpa.
O amor que você nega,
Explodindo a calma,
Em uma caixa de verdades,
Que ninguém conhece.
O atrevido invisível,
Que teu olhar inibido,
Explica na queda,
De uma sincera paixão.
Um milhão de letras nascerão,
Pra provar o amor que tenho,
Neste pobre coração,
Que sobrevive sempre.
O aviso vai crescer,
Neste céu meu,
Pra você ler e reler,
Na pancada forçada.
Escrito por: Marcos Hume
PARA LILICA