ALMA PEREGRINA
Adormecida até,
Num relance palpita,
Pois ouve chamamentos,
Clemências de corações,
Que num alarido suave,
Quase que palpitantes,
Pedem sua presença,
Jovens iniciantes no amor.
Temerosa ouve a brisa,
Sonda as intempéries,
Busca até as bonanças,
Que se acalmam após as chuvas,
E se vê as flores perfumadas,
Se abrindo em pétalas macias,
Espera a lua despertar do sono,
Para ver sua luminosidade.
Mesmo que de longe venha,
Numa caminhada desgastante,
Procura sempre o amor,
E se um dos corações é brando,
Como uma criança que desperta,
A Alma peregrina se instala,
Num cantinho da solidão,
Pois ali é seu aconchego.
Não escolhe riquezas ou castas,
Presenças que até rejeita,
Pois é da simplicidade que gosta,
Sabendo que as falsidades ferem,
E as verdades se demonstram,
Nos olhares ternos e meigos,
Onde até as lágrimas escorrem,
E corações palpitam em sintonias.
Vendo que existem reciprocidades,
Atitudes onde vê sinceridades,
Atiça então todas as adrenalinas,
Pois peregrina conhece os caminhos,
Até os carinhos tão necessários,
Para se consolidar o amor,
Que nunca pode ser desvirtuado,
Sendo o maior dos sentimentos.
24-10-2011