O que ficou...
Assim como nós que nascemos e
que temos uma essência eterna,
o amor que um dia nasceu, viveu...
continua a habitar meu íntimo,
fazendo-me sentir iluminada,
já que um dia fui amada
e o que nasce sempre fica, vinga,
acaricia, nos alegra porque vivemos,
porque sentimos,
porque compartilhamos...
não importando se o caminho se dividiu,
se o sol se pôs, se o adeus chegou.
Miro meu íntimo, investigo meus sentimentos
e por um momento, me alegra a sensação de leveza,
de consciência limpa, pois fui transparente,
fui dígna, amei sem ressalvas, sem máscaras,
clara como a água que purifica o corpo
e transmite paz ao espírito.
Que bom poder fechar os olhos
e nada ter a me cobrar,
e não ter nenhum pesar,
nada do que me acusar...
Apenas lembrar, mas lembrar sem dor,
e até com amor...
um amor que me enternece,
que me fez crescer e que me preparou
pra viver um outro amor,
que valerá a pena, que será vivenciado
com mais intensidade, mais verdade,
e espero eu com mais lealdade.