Coraçao de poeta
Olhei do patamar
Lá embaixo a calçada fria.
Olhei as estrelas, o mar
E aquela noite sombria.
Dessa janela, tão alta,
Seria um mergulho seguro
Mas ainda pude enxergar
A noite, o frio, o escuro.
Seria um único mergulho.
Profundo, pra esse desfecho.
Olhei para minha coragem:
Que pena eu tive do medo.
Desesperado por tanta agonia
Escorreguei, na hora certa!...
Me agarrei ao papel, à caneta,
Fui salvo pelo meu coração de poeta!...