Capitalismo

Bati tanto a cabeça na parede/enquanto soprava o "vento do espírito"/minha alma nunca saciará a sua sede/Só Jesus sabe porque eu existo/No quarto dos fundos/onde durmo/meu sono sempre é profundo/grafei tantos poemas,com rimas blasfemas,nas cadeias do mundo/Sonhando as meninas,com as suas mãos de faxina,e recordações da febem,dando dinheiro para a igreja do belém.Ouço o discurso das ongs humanistas na zona sul/Ouço os justiceiros da televisão/Esse pessoal é tão cool/acho tão louvável toda essa indignação/alimentando nossa alma com um desespero cru/matando mosquito com tiro de canhão/É tudo tão nobre,quando outro filho de pobre,morre./ tudo parece até ilusório/menos para o bode expiatório/mastigando um pão com presunto/ficaria menos indigesto,tratar desses assuntos/ou mergulhar com a chuva no oceano/para um esquecimento total e insano/As vezes, deslizo pelo céu,com algumas estrelas marxistas/Enquanto alguns camaradas fazem greve,para dar grana aos dirigentes de "algum" partido comunista/Nunca duvide que a sanidade é uma permanente conquista/Feita todas as contas,no final,cuidado com os discursos de todo e qualquer vigaristas.

Poderá tam

BARTHES
Enviado por BARTHES em 23/10/2011
Código do texto: T3293459
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.