Imensa saudade
Pernas separadas,
vontades não satisfeitas,
desejos incandescentes,
saudade sexual.
Idéia fixa em um amor
quase impossível.
Amor dilacerado
universal e fogoso.
Foi lindo o princípio, mas,
desejos outros, de outros,
impediram o desenrolar.
Era uma festa constante
em meu coração ansioso
por aquele ser,
no qual não via defeitos.
Sonhava à noite e de dia,
dormindo e acordada.
Lindo nosso amor telepático.
Sexo também existia.
Ao deitar sentia tudo.
A coceira, a entrada,
o fogo ardente, as delícias,
dilaceravam as almas.
Hoje resta saudade imensa,
vontade de ser feliz,
de querer rolar deitada
em seus braços ardorosos.
Marlene A. A. Reis