Deito em nossa lembrança
Deito em nossa lembrança
Marcos Hume
Deito em nossa lembrança,
Vendo atropelo de frases,
Jorradas em hora de desculpas,
Que você fala nessa noite.
Quebro minha caixa fechada,
Que uma chave guarda a vida toda,
A nossa lenda escondida,
Dos curiosos espertos.
Chamo amigos nossos,
Pra minha vinda,
Em todos os lugares,
Que você me faz ir.
Chego cedo demais,
Nessa culpa nossa,
Que vela tudo errado,
Que deixou meu amor,
Nessa pior hora.
Levanto em surras novas,
Ouvindo a nossa canção,
Na voz de uma dama,
Que me olha e canta.
Você parece em lamentações,
Naquela canção perfeita,
Que não respeita minha dor,
Nem mesmo o calor do tempo.
Desfilo na fila do desesperado,
Repetindo o desprezo,
De suas palavras assassinas,
Que fez meu coração,
Conhecer o desconhecido.
Minha febre acelera,
Toda vez que desperta,
Do sonho impossível,
Que dedica o vazio.
Lamento por hoje,
Agito por essa noite improvisada,
Tendo sempre medo do triste,
Que me deixa péssimo.
Sai às vezes uma voz,
De um estranho som,
Que explica bem,
Tudo que perguntei.
Vou à estrada sem coragem,
Tomar vinho amargo,
Do pedido infinito,
Do querido,
Do frio sentido.
Sei que vai voar,
Na vez doida,
De toda visita,
Do mendigo.
Uma coisa que é horrível,
Neste dia é saber que nada mudou,
Em teu mundo assombrado,
Que faz você ter um coração,
De coleções de pedras.
Assassinos eu vejo aqui,
Criando infernos,
Na vida de pessoas boas,
Que tentam sobreviver.
Escrito por: Marcos Hume
PARA LILICA