Desço no desânimo
Desço no desânimo
Marcos Hume
Desce mais uma chuva,
De um infinito sentimento,
Que se perde às vezes,
Em busca de aventura.
Você é a única culpada,
Por deixar meu dia caído,
Na miséria fantasia,
Que deita no gole,
Da imensa paixão.
Ouso outra vez a blusa,
Que você gosta demais,
Que me faz recordar,
Do primeiro beijo.
Na sexta nova,
Na noite improvisada,
Desço no desânimo,
Na levantada de lamúrias.
Você me odeia,
Dizendo palavras novas,
Em teu antigo vocabulário,
Que conheço no berço.
Fujo e luto contra tudo,
Na esperança de você achar,
A minha dor perto da noite,
Que age em mentiras.
Acreditava em nós,
Achava tudo belo e colorido,
Neste valioso compromisso,
Que fere tudo fingido.
Tento encontrar uma cor,
Que repete a minha dor,
Na velocidade da semente,
Deixada na terra falsa.
Sou convidado pra declamar,
Uma nova linha de triste pensamento,
Que todos vão prestar atenção,
Gritando e chorando hoje.
Ando até a escada minha,
Pra falar de amor e gritar,
Na hora desespero,
Em cada gole de dor.
Percebo uma bela mulher,
Olhando esse triste homem,
Que chama bem cada linha,
Nascida naquela lembrança.
Falo bem cada palavra,
Que some no vazio sem beijo,
Da bela mulher que fez nascer,
Esse trovador desprezado.
A bela mulher dos olhos claros,
Sempre me visita sem avisar,
Batendo em minha calma,
Deixando tudo fora do lugar.
O lugar permanece aqui,
As pessoas ficam de pé,
Abraçando meu mundo,
Que crie sem ela.
Falho com o amor enlouquecido,
Que faz esse lindo dia,
Tocar o fim da espera,
Que dança na festa.
Saio sem graça do lugar
E paro em minha mesa,
Pedindo mais uma dose,
Do tempo gasto por nós.
Saberei dela outra vez,
Saberei de vocês essa noite,
Fazendo meu sonho,
Acordar de todos os pesadelos.
Escrito por: Marcos Hume
PARA LILICA