A SINTONIA DO NOSSO AMOR (Aleixenko Oitavo)
A SINTONIA DO NOSSO AMOR
Queria ser a brisa da manhã
Queria reescrever a literatura vã
Queria ter o gosto da maçã
Queria exalar cheiro de flor de avelã
Não sou a brisa, mas serei furacão
Não sou escritor, mas serei ermitão
Não tenho gosto de maçã, mas terei o de mamão
Não exalo cheiro, pois sou aguilhão
Nada de brisa nem furacão: a calmaria
Nada de literatura nem sermão: a filosofia
Nada de maçã ou mamão: a bétula
Nada de flor ou aguilhão: a pétala
Na calmaria: esbaldo-me com a brisa
Na filosofia: a literatura se oficializa
Na bétula: doce é a resina
Na pétala: a cor é purpurina
Que pela manhã haja harmonia
Que ao cantar, seja uma sinfonia
Que ao beijar-te tua alma se alumia
Que ao amar-te tudo esteja em sintonia
Quando sopra a brisa... sou só sorriso
Quando escrevo poesia... me realizo
Quando sinto aroma de flor... melhora meu humor
Quando degusto seu sabor... por ti tenho mais amor
(abril/1987)
Por ALEIXENKO OITAVO, primeiro Ministro do Reino de Gorobixaba