Eu te mordo,
Tu me mordes...
O sono de quem ama
É um sono que abraça
Aos dois com o mesmo braço.
O sonho se acende
Com a chama do mesmo fogo,
Com o gole do mesmo trago,
Que se toma do mesmo copo.
O sonho de quem ama
Acontece na mesma cama
Que já esquadrinhamos,
Durante todo o tempo que nos amamos.
Por ser a cama o melhor lugar
Para o corpo largar
Depois de agir, e cansar e resfolegar,
Para dormir e então sonhar.
O sonho de quem ama
É um sonho que se inflama,
Porque insufla o desejo
De um interminável beijo.
O beijo é a tradução feliz
Da ausência de todas palavras,
Que nunca ninguém pronunciou,
Nem nunca pronunciará
Enquanto o beijo durar.
O sonho de quem ama
Nos torna inconscientes,
Rápida e momentaneamente,
Para sonhar um sonho sem trama,
Um sonho direto, para que acorde
Um de nós, e este ao outro morda,
Para que logo desperte,
E revide a mordida, e lembre
Que o sonho de quem ama
Acontece na cama e no fogo,
E no sonho se ama, e nada se diz,
E aquele que acorda,
Logo morde o outro,
Para que o outro lhe morda.
Para que venham beijos,
Para que se use a cama,
E de novo se ame,
E de novo se sonhe.
Tu me mordes...
O sono de quem ama
É um sono que abraça
Aos dois com o mesmo braço.
O sonho se acende
Com a chama do mesmo fogo,
Com o gole do mesmo trago,
Que se toma do mesmo copo.
O sonho de quem ama
Acontece na mesma cama
Que já esquadrinhamos,
Durante todo o tempo que nos amamos.
Por ser a cama o melhor lugar
Para o corpo largar
Depois de agir, e cansar e resfolegar,
Para dormir e então sonhar.
O sonho de quem ama
É um sonho que se inflama,
Porque insufla o desejo
De um interminável beijo.
O beijo é a tradução feliz
Da ausência de todas palavras,
Que nunca ninguém pronunciou,
Nem nunca pronunciará
Enquanto o beijo durar.
O sonho de quem ama
Nos torna inconscientes,
Rápida e momentaneamente,
Para sonhar um sonho sem trama,
Um sonho direto, para que acorde
Um de nós, e este ao outro morda,
Para que logo desperte,
E revide a mordida, e lembre
Que o sonho de quem ama
Acontece na cama e no fogo,
E no sonho se ama, e nada se diz,
E aquele que acorda,
Logo morde o outro,
Para que o outro lhe morda.
Para que venham beijos,
Para que se use a cama,
E de novo se ame,
E de novo se sonhe.