Arranco Flores azuis

Arranco Flores azuis

Marcos Hume

Não vou voar em pensamento,

Vendo você me ignorar,

Sem falar com esse sofrido,

Que anda oprimido.

O vento faz a dança,

De certo desprezo,

Que logo choro,

Sentindo e vendo.

Você me olha veloz,

Sem querer perceber,

O dia que bate em mim,

Velando o nosso amor.

Você me pede o mais difícil,

Achando que será realizado,

Nessa sua apelação doida,

Que me deixa cego.

Eu quero apenas um beijo,

Pra responder tanta ilusão,

Deixada na vala do tempo,

Que jorra em hora.

Ontem fui a tua procura,

Joguei o teu jogo louco,

Que ninguém ganha,

Que não pode vencer.

A rua nos fez o encontro,

Sem quere saber,

A minha dor,

Nem interessar.

Ganho promessas de outras,

Prometendo a vida toda feliz,

Fazendo a minha outra,

Sem mais chorar.

Falo sem medo,

Fujo de todos,

Pra não pode mostra,

O meu sofrimento.

Aprendo música,

Planto uma arvore,

Perto de nossa casa,

Pra você tocar.

Eu deito em nossa saudade,

Fazendo tudo isso sem correr,

Nem mesmo sem bater,

Na cara da vergonha.

Faço linhas escuras,

Sabendo que tua pena,

Não vai deitar,

Com os olhos teus.

Dizem por ai,

Que sou tolo demais,

Por perder tempo,

Querendo você aqui.

Posso explicar sem rodeio,

Que amor um dia,

Nunca amará da mesma forma,

Nem chegará tão perto.

Ouço os passos do terror,

Em toda noite estranha,

Que passo em luta,

Vendo as cinzas.

Chego sem mentiras,

Usando a mesma lembrança,

Quebrando o teu espelho,

Que ensinar tudo,

Na neve caída.

Aprendo piano hoje,

Sabendo que a cada toque,

Nunca chegará a você,

Nem na tua casa.

Ouço a batida dos raios,

Do mesmo agressor,

Que me conta sabre você,

Nesta noite fria.

Conheça nessa escrita,

Feita nesta data esquecida,

Que você faz riscar,

De tua vida.

Sempre sonhei em conhecer o amor,

Sempre quis saber do sabor,

Que dominava os loucos,

Deixando cada um insano.

Apanho flores azuis,

Em cada montanha nova,

Que subo na dor,

Sem ter medo de morrer.

Esqueço que o tempo,

Não é mesmo,

Deixando as flores,

Sem ar e sem água.

Escrito por: Marcos Hume

PARA LILICA

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 20/10/2011
Código do texto: T3288304
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