duas A U S Ê N C I A S. . .
Entorna em mim
duas ausências:
numa ela nunca regressa;
noutra ela jamais parte!
E esta distância
de dois próximos:
tão presentes e
tão ausentes!
E ninguém diz
adeus, ou até logo:
e esta chuva fina
chorando indiferença!
São dois perfumes
que se anulam:
e a esperança
se desespera!
Quem sabe amanhã
o sol será ouro e
a chuva cessará
esta ausência de alma!
Quem sabe amanhã
a calma se encorpa
e a ausência na chuva
se dilua e se evapora!