UNIÃO

“UNIÃO”

Olhar,

Degustar,

Repousar,

Lábios em efeitos

E lampejo

Em suprir-se,

A direção.

Em seu queixo,

Vocação!

Reação

De vigorar e endoidar

Incapaz de negligenciar,

Seu desejo

Eu que me perco

Por teus olhos,

Eu que me visto

De seu olhar

Com podium

Ao vencer a saga

Que assalta o sutiã

Sendo o par

De teus seios

Para branquear os dentes

No manjar de tua pele,

Traçar e emancipar

A série de surfistas,

Golpistas que se encolhem

Sem o quê se recolhem

Já que o que quero,

Insere-se e se escolhe.

Visitar teu solo

Precipitar meu coro

Tramar ao sóbrio

Revide e cegar-se

Os olhos

Para não se filtrar

A alegria

Que contagia

E que se contamina

Mesmo que não se espere

Enxertar os códigos

E expelir-se pela canção

Pelos calores dos dias,

Em regalias e acometimentos

Que nós mesmos

Sabemos,

Azucrinar-se.

Acontecimentos

Onde a lupa traga à lua

Os trejeitos de busca

Onde a senha

Pela rua se culpa

Pelos nulos apetrechos

Onde vejo o fiteiro

E não se tome

Louvação daquele

Que se esconde

Para o monte

De seu preenchimento

Inválidos lados tomados

Desapropriados e prepostos

Em trópicos,

Desorientados

Por quem não mais se arisca

Destronados

Por cabelos em juras

Deportados e destinados

Em pousar-se em contrárias

Mãos permissivas

Regalias de romarias

Tão frívolas e triviais

Não se faria mais

Que um corpo vistoso,

Que alardearia dengoso,

De gozo a farta-se!

Pré-suposto,

Fosco dia

Por demais claro,

Para torna-se,

Calmo e zeloso.

Jocoso,

Para que conte a todos

Os temores em prece

Peste de não se declarar,

Frescores da carne

Favores cárceres

De coxas e de vulva

Que se enviúva

A cada tarde

Que feita de noite

Por incapacidade

Não se resolve,

E enciúma-se

À parte...

Madrugadas frias

E chuvas fatídicas,

Martirizadas e facínoras

Usadas pela boca

Ao desconto,

De carnes abrasivas

Uvas, maçãs e compotas,

Os amantes em suas apostas

Voraz e analítica

É a pista

Para levar-te pr’a longe

Onde amar faça-se

Viajante

Preponderante e igual

Ao meu sair fumegante

Jante ao meu lado,

Jante,

Dê-me a chance

Alcance o meu gene,

E me avance,

Por inteiro!

Tinteiro,

Onde penas revelariam

O nosso enlace

Faces à procura de padres

A se casarem

Como raízes comprometidas

Em pleno desastre

Não diga,

Não me amar

Não fale,

Rígida é sua feição

Quando para os outros,

Distancia-se.

Enfeitice e minta

E mire,

Em não me deixar,

Em não me delatar

E não desagradar

Meus sentimentos

Para torná-los chacota

Aos vilarejos e a toca

Para um mar

E um despenhadeiro

Onde se lance o primeiro

Ao incômodo da paz e da vida

Para um depois que repita

A desordem e fadiga

Daquele que se queria

Um amor,

Mesmo que pobre

Ria, ria,

Valide

Vista-se de crepe

Minha culpa sabia

Que teu poder sensual

É que varia e cresce

Vele por mim,

Teu dorso,

Que é tão mestre

Em se insinuar

Para que reste,

A mim,

Drogar,

O ar que te aflita

Prática tida,

Em ares de deboche

Eu com sorte

Cravarei o broche

Em tua lapela

Para que sejas minha

Para o resto da vida

Viva a tudo,

Reviva,

Para ti

Será ótimo,

O meu amor

Reverbera!

Moro a cada dia

A cada vida

Em que teu amor,

Partiria

Queria que fosses tudo,

Queria que fosses siga,

Queria que fosses sem fim

Não sei mais

O que é desespero

Saberei corromper

O que creio,

Pois descreio,

No que nunca desacreditei

Ditei tantas frases

Caídas por jazidas

Em procissões de dezembro

Em que o novo cortejo

Apenas me baste

Por vê-la linda

Ouso implorar

Aos deuses do amor

Que te acerte primeiro

Antes que meu amor

Derradeiro

Transforme-se,

Em morte

Sem corte,

Sem norte,

Sem amarras,

Sem malvas,

Sem alças,

Sem vestido,

Que aos teus pés,

Eu menino,

Cairia!

Vestígios e caprichos

Para um homem xucro

Mais lúcido,

Que um simples vassalo

Feito de barco

Parco,

De novas conquistas

Retrógrado e amansado

Amasiado,

Pelas novas conquistas

Beba do meu repouso

Coma em meu estranho ombro

Lombo nobre de sonhos

E de conforto de loucos

Risonho,

Tomo-me de leite

No bico de teus peitos

Presentes em meus dentes

De onde te aprisiono

Uma a uma são déspotas

As mulheres que não me vêem

E que não me revendem

O prazer inoculado

Alambrados em cortes

Avente os arautos foles

Escunas em reconstrução

Esquinas e apostas,

As costas das mãos,

Imploram-te,

Venha em minha previsão!

Em voga,

Meu amor,

Que é novo

Que me toca,

Agora,

Que te achei,

De novo!

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 19/10/2011
Código do texto: T3286057
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