Deita Na Cama, Meu Amor.
Deita na cama, meu amor, pois é de amor que eu quero me envolver.
Envolvo-me entre as pétalas que preenchem teu corpo.
Aplico-me à ciência da vida, a ciência do amor.
O que seria de mim sem a ciência, sem ter o meu amor?
O que seria do meu amor sem a ciência?
Seria apenas um entusiasta querendo e tentando ser amado.
Carrega-me pelas curvas do seu corpo.
Empolga-me enquanto sinto a alegria de um choro.
Esgota-me da gota de suor que distinguia-se da minha face pálida.
Domina-me como se fosse dominar a bola do jogo.
Mata-me de vontade, pois é de vontade que quero morrer.
Côa em meu singelo cadáver os seus lábios ricos de sensibilidade.
Rasga-me, pois quero sentir a braveza de tua alma.
Renato F. Marques