VOZES

Vozes, ouço vozes,

No tumulto da cidade

Na calmaria da floresta

Ouço vozes inaudíveis

Às vezes, retumbantes

Vozes, ouço vozes.

Ouço a voz do vento

Como que num lamento

Ecoa soprando primoroso

Voz estrondosa do trovão

A suavidade da oração

Vozes, ouço vozes

Voz do desejo do coração.

Voz do inexplicável

Voz inaudível sufocada

Às vezes clara e precisa

Voz oculta no mundo aparente

Voz que ecoa do mundo ausente

Voz do arrependimento

Da consciência e do perdão

Voz do Onipotente.

Vozes, ouço vozes,

Voz do universo

Dos anjos e Serafins

Voz das ondas do mar

Da chuva e seu lamento

Voz da razão, dor e emoção

Voz da justiça, da alma e coração

Vozes, ouço vozes, a todo momento.

Voz de quem clama

De quem ora de quem espera

Voz do indiferente.

Voz somente voz

Do pacato ou do algoz

Voz do universo

Do reino do Onipotente.

Vozes, ouço vozes,

Que vem de todas as direções

Dos lordes, ou plebeus,

Vozes retumbantes

Ecoam do firmamento

A toda hora e momento

São vozes tão importantes

São vozes que vem de DEUS.

Deus deu voz ao mundo

A voz que o mundo tem

Ouço vozes, ouço gritos

Ouço lamurias e conflitos

Ouço a voz da emoção

Ouço uma voz alertando

A voz da minha razão

É a voz da consciência

A voz do meu coração.

Vozes, ouço vozes,

De gregos e judeus

Da terra ao alto dos Céus

É a voz eterna que Entoa

A voz do próprio DEUS.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 19/10/2011
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