CORTESÃ DE ATENAS

Pego uma folha de rascunho.

Caneta em punho.

Apunhalado pela sua lembrança.

Como um pedido de uma criança que tem que se realizar.

Birra entre o tempo e o talvez.

Altivez.

Em seu olhar e seu sorriso.

Meu rumo sempre indeciso.

Sob meus pés a caminhar...

De repente um arrepio em forma de dor.

Frio, ardor!

Sei exatamente o que quis dizer.

Mas, entenda: Não sei o que fazer!

Devia desistir sem tentar?

Percebo que a tristeza é boa professora.

Megera redentora.

Tudo pra mim, de certa forma vira poesia.

Risos de tristeza ou prantos de alegria.

Queria tanto isso com você compartilhar...

A certeza da dúvida.

Inerte a todo ser.

Risco de perder algo que nunca foi meu.

Cair e levantar (quantas vezes preciso for)

Colecionar lágrimas cristalizadas, cravejadas em poemas.

Em emoções.

Sentimentos que acionam a ira de um vulcão.

Pensamentos devastados pelos ventos de um furacão.

E todos eles sempre têm nome de mulher.

Porque será?