Em Tudo Há Poesia
Quando eu tinha sete anos
Pela primeira quis assistir a um filme de amor na televisão
Numa ilha paradisíaca dois naufrágos do destino
Perdidos uma menina e um menino
Minha mãe veio até a porta
Recomendou que eu não dormisse tarde demais
Vá se deitar pois amanhã tem escola menina de Batatais
Aprendi muito cedo que " não" é sinônimo de " creia "
Quando entrei no meu modesto quarto e fechei a porta
O chão se transformou junto aos meus pés em areia
As paredes eram pura vegetação tropical
Com sete anos eu ainda não percebia minha sensibilidade fora do normal
O teto branco se fez sobre mim o mais límpido céu
Como a menina do filme também não sabia o que era o amor Raquel
A cama a minha frente de repente era o calmo e azul mar
Mergulhei menina para mais tarde mulher acordar
O menino também num rapaz com o passar dos anos iria se transformar
Vendo meu corpo ganhar curvas sem jamais me tocar
E quando eu perguntava a ele
Se por amor realmente podemos um oceano atravessar
O silêncio era a resposta e um súbito desvio no olhar
Inocente eu ainda não conhecia a diferença entre o amor e a paixão
E boiava lânguida entre os golfinhos e um temido tubarão
E ao emergir meus cabelos molhados escondiam tudo de mim
Só não podiam esconder a sedução que exalava dos meus lábios carmim
E numa noite de luar
Pela primeira vez ele ousou me tocar
Segurou com firmeza meu queixo
E veio de encontro a minha boca num primeiro beijo
Ouvi as batidas descompassadas do meu própio coração
E fiquei manhosa e trêmula diante da boca do tubarão
Minhas lágrimas se misturaram a água salgada do mar
Nessa noite mergulho nos seus braços mesmo sabendo que posso me machucar
Me deite a beira da praia e deixe minha pele seu suor salgar
Não faço promessas em vão a luz do luar
Apenas fecho os olhos para poder ver toda a beleza do manto estrelado no céu
Não fuja mais desse amor morena Raquel...
Quando eu tinha sete anos
Pela primeira quis assistir a um filme de amor na televisão
Numa ilha paradisíaca dois naufrágos do destino
Perdidos uma menina e um menino
Minha mãe veio até a porta
Recomendou que eu não dormisse tarde demais
Vá se deitar pois amanhã tem escola menina de Batatais
Aprendi muito cedo que " não" é sinônimo de " creia "
Quando entrei no meu modesto quarto e fechei a porta
O chão se transformou junto aos meus pés em areia
As paredes eram pura vegetação tropical
Com sete anos eu ainda não percebia minha sensibilidade fora do normal
O teto branco se fez sobre mim o mais límpido céu
Como a menina do filme também não sabia o que era o amor Raquel
A cama a minha frente de repente era o calmo e azul mar
Mergulhei menina para mais tarde mulher acordar
O menino também num rapaz com o passar dos anos iria se transformar
Vendo meu corpo ganhar curvas sem jamais me tocar
E quando eu perguntava a ele
Se por amor realmente podemos um oceano atravessar
O silêncio era a resposta e um súbito desvio no olhar
Inocente eu ainda não conhecia a diferença entre o amor e a paixão
E boiava lânguida entre os golfinhos e um temido tubarão
E ao emergir meus cabelos molhados escondiam tudo de mim
Só não podiam esconder a sedução que exalava dos meus lábios carmim
E numa noite de luar
Pela primeira vez ele ousou me tocar
Segurou com firmeza meu queixo
E veio de encontro a minha boca num primeiro beijo
Ouvi as batidas descompassadas do meu própio coração
E fiquei manhosa e trêmula diante da boca do tubarão
Minhas lágrimas se misturaram a água salgada do mar
Nessa noite mergulho nos seus braços mesmo sabendo que posso me machucar
Me deite a beira da praia e deixe minha pele seu suor salgar
Não faço promessas em vão a luz do luar
Apenas fecho os olhos para poder ver toda a beleza do manto estrelado no céu
Não fuja mais desse amor morena Raquel...