FLERTE

Tímida te olho e balbucio um nada

Mais eu não consigo, avilta-me teus olhos.

Caço em mar revolto, na sala, um outro ponto

Chego a olhar a porta, toda alvoroçada.

Trêmula me finco na esperança leda

De que ignores meu estar medroso.

Sejas bem sutil e a paz enfim conceda-me...

Dê-me o tempo assaz, de recompor-me em gozo.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 18/10/2011
Código do texto: T3284022