Perdoa-me as palavras

São tantas tão falhas

Que vivem por te secretar

 

A ausência do sentido

Esse abrigo

E Outro olhar...

 

Perdoa-me o silencio

Que sopra forte em tormento

Neste triste versar

 

Quando contigo me deito

E mesmo dentro do nosso pequeno leito

Meu pensamento venha a se ausentar

 

Perdoa-me os olhos profundos

Que deságuam o mundo

E esquecem o mar

 

E esta cor barrenta de rio

Que esconde meu vazio

Em um castanho olhar

 

Perdoa-me todo esse sentimento

Posso compartilhar o alimento

Mas nunca mais o meu olhar.

 

SARA GONÇALVES
Enviado por SARA GONÇALVES em 17/10/2011
Reeditado em 17/10/2011
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