Perdoa-me as palavras
São tantas tão falhas
Que vivem por te secretar
A ausência do sentido
Esse abrigo
E Outro olhar...
Perdoa-me o silencio
Que sopra forte em tormento
Neste triste versar
Quando contigo me deito
E mesmo dentro do nosso pequeno leito
Meu pensamento venha a se ausentar
Perdoa-me os olhos profundos
Que deságuam o mundo
E esquecem o mar
E esta cor barrenta de rio
Que esconde meu vazio
Em um castanho olhar
Perdoa-me todo esse sentimento
Posso compartilhar o alimento
Mas nunca mais o meu olhar.