Abraça-me de amor...

(...) entre o grito silencioso

da impaciência, a agitada

presença da esperança;

a fé, ainda criança, cresce;

no olhar da inocência,

entre sedas e vontades, a

maciez dos cetins tão afins

com a fragilidade nua;

uma fortaleza abissal,

espalha o sal da vida

na vivida e conturbada

ansiedade, tatuando a

solidão na angustiada

liberdade que se prende

nos medos e incertezas;

um raio de amor e paz

desnuda-me e abraça-me

por inteiro, perfumando

meu coração de amor.

Marisa de Medeiros