Esta noite
Balanço o corpo no colo de um sofá
e alimento o rosto na argila do sangue do pântano.
Nas mãos, a paisagem ajoelha-se dentro do meu ventre.
No cais da gruta descubro o comando da melancolia e
ligo à televisão da minha janela, o sexo das tuas palavras.
A noite planto-as com laranjas.
©ana maria costa
25 de Dezembro de 2006