TENTANDO ESCULPIR O AMOR
Luto muito, mulher, para talhar
Este teu rosto tão divino e puro,
E talho os olhos teus, depois procuro
A beleza que existe em teu olhar:
Não consigo fazer tanta doçura.
Por mais que eu me esforce em lapidar,
Não acho esse brilho e a cor do mar;
E nem posso imitar tanta ternura.
Invoco então Lisipo e Aleijadinho,
Que belas esculturas deram ao fim:
Nem eles me mostraram o caminho.
Não há como esculpir a tua graça,
O teu sorriso lindo, a tua face;
Nem esse teu andar que me embaraça.