A MEDIDA EXATA (JOGO DOS 7)

Você me disse que eu deveria ir...

Então eu fui.

Joguei todos os meus planos fora e ignorei as probabilidades

Eu apostei no sete

Mesmo sabendo que o dado só tem seis lados

O que me importa agora não é ganhar

Não é perder

E sim...

Tão pura e simplesmente...

Ser

Eu estava ao seu lado e você nunca pode me ver

Porque eu a quis assim

Eu retirei os panos e as alegorias caricatas

Os personagens com seus textos e farsas

Só deixei o meu humor

E minhas ridículas frases impensadas

Pra você saber que ainda sou

Eu.

Estou nu como jamais estive dês de nascer

Sou só eu.

Pelo, carne e temores...

Me despi da manta,

Pus o elmo sobre a lança

Retirei a armadura brilhante do herói

Estou entregue e vulnerável como nunca me deixei ser

Como um “suicida”

Que no alto de sua queda

Se conforma com o destino que o espera

E passa a amar, o que o apavora,

O chão.

Minha senhora não há mais ilusão

Só a única verdade incontestável que conheço:

De que o tamanho do amor é proporcional...

Cruelmente,

A medida exata... Da dor que se tem.

Otávio Otto
Enviado por Otávio Otto em 16/10/2011
Reeditado em 18/01/2023
Código do texto: T3279450
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