Última lágrima

Queixo apoiado às mãos,

Olhar mergulhado nas estrelas,

Consciência aberta às veredas

Por onde o pensamento deve caminhar.

Assim confabulava com a natureza

Em busca de um antídoto para sua dor,

Sob o brilho da lua desvendava-se o amor

Que navegava em si e flutuava no mar.

Com o marulhar das ondas uma esperança renasce

Trazida pelo frio de uma brisa que beija sua face

E deixa nos lábios uma carícia umedecida pela solidão.

Do parapeito da janela ouve o burburinho da passarela

E.da última lágrima em que se pôs de sentinela

Extrai o pólen que fecunda de amor o coração!

Dalva de Oliveira
Enviado por Dalva de Oliveira em 15/10/2011
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