Última lágrima
Queixo apoiado às mãos,
Olhar mergulhado nas estrelas,
Consciência aberta às veredas
Por onde o pensamento deve caminhar.
Assim confabulava com a natureza
Em busca de um antídoto para sua dor,
Sob o brilho da lua desvendava-se o amor
Que navegava em si e flutuava no mar.
Com o marulhar das ondas uma esperança renasce
Trazida pelo frio de uma brisa que beija sua face
E deixa nos lábios uma carícia umedecida pela solidão.
Do parapeito da janela ouve o burburinho da passarela
E.da última lágrima em que se pôs de sentinela
Extrai o pólen que fecunda de amor o coração!