perdida entre teus braços
Como um vinho degusto-te,
doce, suave
quando te sinto quente, ardente
seco,
quando te sinto longe, distante.
Tu és como pedra ao sol
queimando minha pele.
És como a brisa fresca
qando me banha aos beijos.
Meu porto quando volto para casa,
são minhas as lágrimas que escorrem por tua face
quando tenho que partir.
Se estou distante, intermináveis horas, dias, meses
perto, as noites passam como minutos,
os dias, como horas.
Querer-te é mais que ter-te,
é não ter-te e sentir o calor dos teus lábios,
é não tocar-te e gozar o teu prazer.
É buscar-te em cada rosto, sem sucesso.
É o delírio do meu sonho sem sono.
O meu cantar sem melodia,
pois tu és a minha canção.
Ter-te é encontrar-me
perdida entre teus braços,
por teus abraços
e no teu braço adormecer.