DOR AMIGA
Pelos dissabores do destino
Que surgem em nosso dia a dia,
Nos fazem sofrer pela complexidade
No limite entre a decepção e a alegria.
Quando o destino nos é brando
Mas a dor nos é feroz e cruel,
Sempre nos resta um consolo
Ás vezes com gosto de fel.
A dor que mais machuca
Não é a dor que bate por fora,
Mas sim a dor do sentimento
Que mata destrói e devora.
Nem sempre a dor é tão forte
Nem sempre a labuta fadiga,
Pois sempre resta a esperança
De sofrermos uma dor amiga.
Quando surge a dor que mata
Ou simplesmente da emoção,
Aceitamos esta dor amiga
Aceitando-a com resignação.
Seja uma dor amiga ou ruim
Tudo tem seu fim nesta vida,
Não há dor que sempre dure
Mesmo sendo uma dor amiga.
J. Coelho