CELEIRO

No granel de sonhos velo os meus segredos

Resquícios ocultos de um tempo brando;

Marotos cabides, apóio fraterno.

Neles penduro tão leves lembranças

Quando a doce brisa me beijava a face.

Vejo as prateleiras em ordem perdidas...

Esculpidas ao vento, talhadas com a vida!

Desta tua serva deleitada em sopros.

Já não sóis menina de um cantar de outrora.

Coração selado com louvo e senso.

Eis o meu celeiro nos chuvosos dias.

Meu nobre refúgio; pranto e alegria.

Gabriella Leite
Enviado por Gabriella Leite em 15/10/2011
Código do texto: T3278316
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