CELEIRO
No granel de sonhos velo os meus segredos
Resquícios ocultos de um tempo brando;
Marotos cabides, apóio fraterno.
Neles penduro tão leves lembranças
Quando a doce brisa me beijava a face.
Vejo as prateleiras em ordem perdidas...
Esculpidas ao vento, talhadas com a vida!
Desta tua serva deleitada em sopros.
Já não sóis menina de um cantar de outrora.
Coração selado com louvo e senso.
Eis o meu celeiro nos chuvosos dias.
Meu nobre refúgio; pranto e alegria.