ENTORPECIDO
Esta manhã que surge preguiçosa e nublada
Ainda marcada pela minha insônia incansável
Veste de cinza o dia que não passa.
Meus olhos vermelhos a beira do improvável;
A mente que não pensa em mais nada
Está entorpecida de amor e de saudade.
Abro a cortina do meu quarto, tomo um café,
Em algum momento insisto no erro do cigarro.
Entre uma ou duas fumaças que sobem
Desenhos sem nexo me distraem.
A mente não pensa em mais nada
Está entorpecida de amor e de saudade.
Contemplo uma montanha que divide o horizonte
As linhas verdes separam bem as margens cinzas do céu.
Alguns barracos construídos no sopé
Será que alguém ali também ama?
Sento na cama, ligo a tv, me deu preguiça...
A mente não pensa mais em nada
Está entorpecida de amor e de saudade.