A SILHUETA DO AMOR

Quando terminamos um grande amor, nada se acaba por completo.

Ainda ficam as marcas da paixão, que consumiu por inteiro todos os sentimentos.

Passamos dias, meses, tentando apagar de nossos pensamentos um amor que foi inevitável, e ao mesmo tempo desejamos estar sempre ao teu lado.

As nossas caminhadas, parecem longínquos demais, e o tempo passa tão despercebido, que quando notarmos estamos diante de uma outra situação.

Tentando não apagar de nossos corações as experiências que nos fortaleceram.

E, mesmo sendo uma caminhada insólita, elevamos para os quatros ventos, os nossos devaneios que ainda não foram realizados.

Os sonhos, as ilusões, as imperfeições que nos impediram de prosseguir.

A inesquecível melodia que sempre nos acompanha, fazendo com que a solidão seja consumida pela esperança, que tenta submergir diante de nossas atitudes.

Sei , que a ferida ainda não cicatrizou, ela dói quando sempre chega a noite.

Trazendo um frio que reascende a vontade de estar novamente em teus braços.

Entregando-lhe de corpo e alma.

Mas como todo sonho, um dia isso acaba, e desconsolamos através de lágrimas que insistem em cair de nossos olhos, fazendo com que tudo o que planejamos, fossem reduzidos a escombros.

Sobrando apenas a silhueta de que um dia, foi o nosso amor, e agora apenas uma penumbra.

Sei que será difícil, doloroso demais, mais tentarei reunir as minhas forças e recomeçar mais uma vez.

Levando comigo as lembranças que o tempo não apagará.

E, quem sabe se um dia, iremos estar novamente juntos, reconstruindo os nossos sonhos, os projetos das nossas vidas.

Envelhecendo ao teu lado, e deixando a nossa história de amor para o resto de nossas vidas.

Albatroz Solitário