UM CERTO VENTO ....
 
 
Há um vento que separa
o seu barco do meu.
 
Somos pólos que se atraíram
numa cumplicidade que não 
resistiu ao calor da hora.
Chamas se ascenderam
 
Pedras há que se fazem perenes e outras que,
esmagadas, viram palavras sem 
norte e sem endereço.
 
A chama da pele não sobrevive à 
penumbra do tempo
e cada rosto se consome em sua 
própria trajetória.
 
Seu caminho é ainda um extenso 
vale coberto por uma bruma
que lhe impede de escolher 
um dos lados da moeda.
 
E eu estou de partida.
sem nenhuma profecia, 
vou escrevendo meus versos
minhas poesias
e pode ser que neles
Teremos surpresas um dia !
 
Pode ser que ossa história sobreviva.
 
 
Marleminh@ Castilho
ANGEL BLU
Enviado por ANGEL BLU em 14/10/2011
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