Recôndito amor

O que se espera de alguém que não o ama absurdamente?

Pena que eu, absurdamente, a amo.

Sofro, quando meus olhos avistam o magnificente sorriso daquela espécie rara, quase extinta.

O peito afana a minha respiração e perco o fôlego, além da motivação para, ao menos, captar um resquício de paixão ardente, daquela virtude.

Acredito na existência do amor, como sentimento divino e purificador, não como fonte de entretenimento e prazer momentâneo. Não podemos afirmar que amamos, pois trata-se de uma raridade, algo inacessível aos que sempre dizem "eu te amo". Mas diga-me: quem sou eu para descrever este nobre sentimento? O meu amor nunca se manifestou de forma transparente, portanto, minha admiração sempre passou desapercebida. Bem sei disso. Também sei, que idealizar o amor é insensatez, mas para mim, soa como desejo correspondido. Vai levar um tempo até a garota descobrir a minha teimosia, mesmo que seja em algum devaneio. Tudo vai emergir na hora certa, sem embaraço nem dilema. O caminho é um só, a vida é única e o que sinto é irreparável.

Davi Augusto
Enviado por Davi Augusto em 13/10/2011
Código do texto: T3274818
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